terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mercado e Palácio de Ubud

Foi debaixo de uma chuva fina, mas constante que conhecemos o Ubud Palace







 Achamos interessante que o sarong (vestimenta de uso obrigatório para todos os que entram em algum templo) é tão importante para eles que até as estátuas são enfeitadas com ele.


 Esperando a chuva dar uma trégua


Este lugar é anexo ao Ubud Palace (acredito fazer parte dele) e diariamente, no final da tarde, são realizadas apresentações de danças típicas balinesas.

O Mercado de Ubud fica bem em frente ao Palácio, e consiste de inúmeras "barracas" uma grudada na outra, vendendo todo tipo de coisa: roupas, enfeites, chaveiros, objetos de decoração, sarongues etc. E onde os vendedores praticamente imploram para você olhar e comprar os seus produtos.











Aqui vale a regra da barganha: você pergunta o preço de determinada coisa, o vendedor te fala um preço muuuuuuito acima do valor real e começa a negociação, você pede um valor beeeem baixo, o vendedor abaixo um pouco o preço dele, você aumenta um pouco a sua oferta até chegarem a um preço que finalize a compra. Isso demanda um certo tempo e paciência, mas vale a pena. A maioria deles fala bem inglês, mas a língua não é problema, pois assim que você pergunta o preço de algo eles já tiram do bolso uma calculadora para iniciar a negociação.

É uma cultura bem diferente da nossa, brasileiros, acostumados a ter no máximo 10 ou 15% de desconto em alguma compra, achamos estranho ter que lançar uma oferta bem abaixo do preço proposto. Eu não sou boa negociante, mas achei muito interessante e engraçado o processo, e até acho que conseguimos fazer boas compras lá. Mas atenção, só comece uma negociação se realmente tiver intenção de comprar o produto, os balineses gostam da negociação mas se sentem ofendidos quando a compra não é finalizada.

Um taxista nos disse que poderíamos encontrar mercadorias de má qualidade neste mercado, e nos indicou o mercado de Sukawati, que fomos conferir outro dia. Não sei bem se os produtos são bons ou não, mas achei interessante tudo aquilo.




Ubud

Realmente é verdade que em Ubud está o mais forte espírito cultural e artístico de toda a ilha, embora ele esteja por toda a parte. Nesta região também existe o comércio de roupas e acessórios de grandes marcas, mas o comércio de utensílios de decoração é muito mais evidente. Lojas com esculturas, pinturas e objetos para casa estão por toda a parte. Muitos com características da cultura balinesa, mas nem todos. São peças líndissimas e a um custo  barato quando comparado ao Brasil.

Ubud foi nossa primeira parada e a principal base para as atrações culturais, pois a região se situa bem no centro da ilha, proporcionado fácil acesso a várias partes que tinham algum ponto interessante para visita.

Próximo ao nosso hotel, tínhamos 2 lugares para ir. Para diminuir o tempo de deslocamento alugamos bicicletas para o primeiro dia. Depois o Marcelo achou que deveríamos ter alugado moto, ao invés de bicicleta, mas eu ainda não me sentia confortável com o trânsito em Bali e achei interessante a experiência (mesmo que não a repita mais rsrs).

O primeiro templo foi o Goa Gajah, conhecido com a Caverna do Elefante.



 Piscinas de banho



 No fundo do templo existe um campo de arroz






O lugar é enorme, reserve pelo menos 1 hora para conhecê-lo.


Depois partimos para a Floresta dos Macacos, muito famosa e recomendada por todos. O lugar é muito interessante. São muitos macacos, de todos os tamanhos que interagem com as pessoas, principalmente se você tiver uma fruta na mão, ou algo que pareça isso. Eu, muito medrosa, não comprei o cacho de banana que vendem na entrada do templo e só me arrisquei a chegar perto dos pequenininhos. rsrs














Bali

Uma ilha maravilhosa, com inúmeras atividades, para todos os gostos, para quem gosta de conhecer novos lugares, novas culturas, para quem quer relaxar, para quem quer aventura, para quem quer balada, para quem quer comprar. Qualquer que seja o objetivo Bali é uma ótima escolha.

Nossa viagem começou com uma atraso no vôo de 4 horas. A chegada em Bali no meio da tarde, com tempo para chegar em Ubud tranquilamente e ainda dar uma volta pelos arredores ia por água abaixo. Aliás, ia mesmo, porque além do atraso choveu muito. Ainda no aeroporto ouvi rumores de que o avião não poderia pousar por causa da chuva, a quem diga que ele arremeteu 2 vezes (não sei se é verdade, mas fico imaginando o desespero das pessoas a bordo desse merpati...rsrs). 

Enfim, a chuva deu uma trégua e conseguimos embarcar. Vôo tranquilo, chegamos em Bali por volta das 20:00hs, com o fuso horário ganhamos uma hora, e na verdade lá eram 19:00hs. ebah rsrs.

No aeroporto mesmo senti algo que já tinha lido em outros blogs na internet, mas que sinceramente eu não acreditava: o cheiro de Bali. É verdade mesmo, a ilha tem cheiro! Um cheiro de flor... que eu acredito que venha das inúmeras oferendas que TODAS as pessoas colocam na frente da sua casa, do seu negócio, na sua mesa, no seu carro, em tudo. As oferendas geralmente consistem em uma cestinha feita de palha com flores e incenso dentro. Elas estão por toda a parte e, com todo respeito aos deuses a quem elas são destinadas, é bem difícil andar em Bali sem pisar nelas. rsrs.





Foi também no aeroporto que já podemos ver o "espírito negociador"dos balineses. Ao sair do aeroporto vimos uns dez guichês para troca de dinheiro, todos com a mesma cotação, e todos com seus funcionários inclinados para frente, chamando pelas pessoas, insistindo para que trocassem dinheiro no guichê delas. É engraçado. Seguimos a dica de nossos amigos e trocamos pouco dinheiro, porque a cotação no aeroporto é bem mais baixa que em outros locais. Porém deve-se ficar atento onde vai realizar esta transação. Um dólar vale cercar de 8850 Rupias. Não precisamos de muitos dólares para ficar com uma quantidade enorme de zeros em rupias, 150 dólares por exemplo correspondem a mais ou menos 1327500 Rp. Existem pessoas que se aproveitam disso, e na hora da troca contam o dinheiro rápido e acabam confundindo os turistas. Por disso deve-se trocar somente em lojas oficiais, que não são difíceis de encontrar.

Pegamos um taxi no aerporto mesmo, no local indicado por nossos amigos, em uma companhia de taxi oficial em Bali e que tem os preços com saídas do aeroporto tabelados, pagamos no aeroporto o valor correspondente e não tivemos nenhum problema para chegar em Ubud.




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Planejamento de Viagem

Como aqui em Timor, não temos lá muitas opções de lazer, todas as pessoas com "mais experiência" de Timor, dizem que periodicamente é preciso sair e dar uma olhada no mundo lá fora para aliviar a cabeça e poder recomeçar. 

A vantagem é que o Timor Leste é muito bem localizado, próximo a lugares exóticos, lindos e com preço acessível (principalmente para quem já está a um passo deles), além disso, como estamos muito longe do Brasil, vale a pena investir um pouco em viagens aqui, porque de qualquer forma, saí mais barato do que uma viagem do Brasil para cá.



Somente aqui é que fui descobrir como é difícil planejar uma viagem, ter que ver tudo, deste a escolha do destino, qual época é melhor pra viajar, se chove, se não chove, se é mais caro ou mais em conta, a escolha do hotel, dos passeios, enfim... aprendi que é necessário muuuita pesquisa na internet, e tempo.

Em nossa primeira viagem optamos por Bali, que é um dos únicos 3 destinos com vôos direto de Timor, mas Bali é muito mais que isso. Bali é uma das não sei quantas mil ilhas da Indonésia, e principal destino turístico do país. Diferente da maioria da população indonésia, que é muçulmana, em Bali a maioria é hinduísta. A ilha abriga inúmeros templos, tem uma vida cultural muito rica, além de praias, vulcões e infinitos campos de arroz.


 
A ilha é pequena, e pode-se fazer passeios para qualquer parte, independente de onde você esteja. Porém, como optamos por gastar um bom tempo em Bali ( 9 dias), não conhecemos nada e queremos curtir tudo, resolvemos ficar em 3 regiões diferentes, de forma a poupar tempo no deslocamente para os passeios e conhecer melhor cada região. 

Ao chegar em Bali, vamos ficar 3 dias em Ubud, região central, conhecida como a parte mais cultural da ilha, onde (segundo os guias de turismo, rsrs) moram a maior parte dos artistas de Bali, que são muitos, divididos em artesãos, pintores, escultores etc. Depois partimos para Kuta, região mais turística, com praia, inúmeros bares, restaurantes, casas noturnas, shoppings e coisas do gênero. Por último ficaremos em Nusa Dua, região conhecida pelos seus resorts de luxo  (que não é o nosso caso, rsrsrs) e praias ideais para a prática de esportes aquáticos.

Ainda não sei se foi a melhor escolha ficarmos um tempo em cada lugar, mas pretendemos diminuir o tempo e o custo com taxis, teoricamente aproveitando melhor os passeios.

Em breve estaremos lá, e espero que saia tudo como planejado. rsrs
 






sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Os microlets

Aqui em Dili o transporte público é precário, mas creio que atende razoavelmente à população, pois nunca ouvi nenhuma crítica de timorense a esse respeito, embora as precauções de segurança sejam inexistentes.
Não há ônibus, meio de transporte muito comum no Brasil, o seu equivalente aqui é o microlet.








Microlets são essas "vans" que transportam a maior parte dos timorenses em seu cotidiano. Circulam sempre com as portas abertas (para "facilitar"o fluxo dos passageiros) e lotadas. Frequentemente com umas 4 ou 5 pessoas em pé, meio "penduradas"na porta aberta.









Eu achava que eles eram coloridos apenas pelo gosto dos timorenses. Mas depois descobri que além disso, as cores são uma forma de identificação. Cada microlet tem uma cor e um número que determina o seu trajeto. O branco é que passa perto de casa. rsrsrs

Também é muito comum encontrarmos pessoas (adultos e crianças) sendo transportadas em caçambas de carros ou caminhões, e isso não parece ser problema nenhum para eles, nem para as autoridades timorenses.








Eu ainda não tive a experiência de andar de microlet, mas outro tipo de transporte muito comum e que utilizo frequentemente são os taxis. Existem muitos. Buzinam toda hora na esperança de conseguir um cliente. Não existe taxímetro, e o valor deve ser combinado antes de entrar no taxi. Timorense sempre paga 1 dólar. Mas pra malaio (nós, estrangeiros) tudo é mais caro. Eu só consigo pagar 1 dólar se chorar muito e o lugar for muito perto. Geralmente pago USD 1,50. Um pouco mais longe USD 2,00 e por aí vai. Ah, e tem que ter o dinheiro trocado.





Uma última curiosidade: aqui em Dili é muito comum a venda de peixes nas ruas. Os vendedores amarram os peixes em montinhos, igual fazem com as verduras e frutas, e vendem nas ruas. Eu achei bem interessante a forma de comprar e levar o peixe embora sem ficar cheirando no carro.




Também já vi isso com galinha, mas infelizmente não consegui tirar foto.