domingo, 12 de junho de 2011

Não é Dia dos Namorados no Timor

Assim como em outros países, o Dia dos Namorados no Timor foi celebrado no dia 14 de fevereiro (Valentine's Day). Melhor dizer "lembrado" do que "celebrado", afinal não há lá grande entusiasmo com a data. Também não se vê grande entusiasmo entre casais. Uma coisa bem curiosa do Timor é a ausência de demonstração explícita de gestos românticos. Aqui não se vê casais timorenses andando abraçados, de mãos dadas, trocando carinho. Beijo em público, nem pensar. Como o timorense tem um perfil bastante reservado, quem sabe também reservem todo o afeto para a intimidade do lar. O único momento em que é possível ver casais andando juntos em público é em cima de uma motocicleta (aqui chama-se motorizada). Aliás, a motocicleta é certamente um instrumento de integração da família timorense (confiram abaixo). Bem, como no Brasil é Dias dos Namorados, dedico este post aos casais brasileiros que estão ou estiveram em Dili (Vinícius e Gisele inclusive) e que compartilham a genuína alegria da cumplicidade dos apaixonados. Feliz Dia dos Namorados a todos!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O buraco do Timor é mais embaixo...

Quem chega de repente em Dili e começa a rodar pela cidade logo os percebe. Eles surgem de todos os lados, são de todos os tamanhos. Alguns se escondem e pulam na sua frente quando você passa. Não há como escapar. É claro que estou falando dos buracos. Aqui tem pra todos os gostos. Tem o buraco raso, tem o buraco seco, tem o buraco ninja (surge de onde você menos espera), tem o buraco piscina (juro que já vi uns meninos nadando dentro!), tem o buraco de férias (some uns dias mas depois sempre volta), tem o buraco band aid (esse é tapado com band aid mesmo) e tem o buraco negro (se cair dentro vai sair em São Tomé das Letras). O interessante é que volta e meia aparece alguém com aquela máquina de cortar asfalto. Corta bem direitinho em volta do buraco e depois preenche. A rua fica cheia de quadradinhos mais escuros por conta do asfalto novo que colocam pra preencher. Dá até pra jogar amarelinha. Tem até um buraco que já ficou íntimo da gente. Passamos por ele todos os dias a caminho do trabalho. Começou pequenininho, labarik. Depois foi crescendo e agora já está quase adulto. Outro dia colocaram uma árvore dentro pra sinalizar aos motoristas. A árvore sumiu. O asfalto em volta já está afundando, dando sinais que nosso amigo é voraz. Tô vendo a hora que vai sair um mineiro de dentro dele ... mineiro de São Tomé das Letras. Confiram: